O presente estudo pretende estimar a prevalência de TMC em professores do ensino fundamental público de Uberlândia-MG e associá-los a condições sociodemográficas, ambientais e laborais destes profissionais. Uma amostra aleatória de 330 professores lotados em 36 escolas foi explorada neste estudo transversal. Foram utilizados dois instrumentos de coleta de dados, o General Health Questionnaire-12 (GHQ-12) e um questionário estruturado com questões relativas aos possíveis fatores de risco e proteção no desenvolvimento de TMC. Os dados foram analisados por meio de análise bivariada e posteriormente por regressão logística. Foram indicados como fatores de risco associados ao desenvolvimento de TMC o sexo feminino, vínculo efetivo de trabalho, lotação em dois turnos, experiência com violência no ambiente escolar e uso de medicamentos para distúrbios do sono. Os resultados apontam que a saúde mental do docente necessita de intervenções que visem maior autonomia, empoderamento da classe por meio de políticas públicas e o apoio da sociedade em geral, trazendo benefícios que se estendam inclusive na melhoria das condições de ensino.