Schade – dieser Artikel ist leider ausverkauft. Sobald wir wissen, ob und wann der Artikel wieder verfügbar ist, informieren wir Sie an dieser Stelle.
  • Format: ePub

O encanto me despertou para Limite (1931), encanto sempre mantido. Faço um recorte da vida de Mário Peixoto (1908-1992) a partir de sua homossexualidade, muitas vezes dita, mas pouco estudada. Trata-se de uma pesquisa em realização que teve como ponto de partida, em grande parte, material inédito como cartas, os Cadernos Verdes (diário da infância a 1935), Diário da Inglaterra (1927) e depoimentos de mais de setenta pessoas, entre amigos, parentes e contemporâneos de Mário Peixoto. Todo esse material inédito está no Arquivo Mário Peixoto, sendo que os diários só foram recentemente…mehr

  • Geräte: eReader
  • mit Kopierschutz
  • eBook Hilfe
  • Größe: 6.84MB
  • FamilySharing(5)
Produktbeschreibung
O encanto me despertou para Limite (1931), encanto sempre mantido. Faço um recorte da vida de Mário Peixoto (1908-1992) a partir de sua homossexualidade, muitas vezes dita, mas pouco estudada. Trata-se de uma pesquisa em realização que teve como ponto de partida, em grande parte, material inédito como cartas, os Cadernos Verdes (diário da infância a 1935), Diário da Inglaterra (1927) e depoimentos de mais de setenta pessoas, entre amigos, parentes e contemporâneos de Mário Peixoto. Todo esse material inédito está no Arquivo Mário Peixoto, sendo que os diários só foram recentemente disponibilizados em formato digital. A proposta seria apenas contribuir para minimizar uma lacuna em nossa bibliografia de uma leitura gay da vida de artistas brasileiros, e dos modernistas, em particular? Seria possível atualizar o passado a partir de um olhar queer não apenas por meio de uma história de representações de LGBTTQIA+ e de dissidências sexuais, mas de sensações? Seria uma experiência homoafetiva que faz o meu corpo estar mais próximo dele do que de tantos outros artistas modernistas que vieram antes e depois? Qual pode ser o interesse dessas pequenas coisas da rotina, ao invés de grandes debates intelectuais e políticos? O que elas podem evocar, fazer viver? Para quem? Começo a viajar pelo passado como em um continente desconhecido, uma cultura outra. Não estou atrás de raízes, mas de passados inventados e conquistados pelos encontros inesperados como num dobrar de esquina, numa mesa compartilhada com estranhos, numa fila qualquer. Os primeiros resultados da pesquisa submeto aqui a críticas e sugestões. A homossexualidade não é o centro, mas parte importante de sua vida e contribui para a compreensão da vida cultural do Rio de Janeiro, em especial, nos anos 1920 e 1930, tanto pelos encontros intelectuais como afetivos, redefinidores da herança do Modernismo, cujo centenário comemoraremos em breve. Voltar ao Modernismo não significa voltar a valores canônicos e/ou a perspectivas vitoriosas ou emergentes como a Antropofagia ou a busca de uma cultura nacional centrada no popular e mais recentemente nas tradições e marcas afro-ameríndias. Tão longe não chegaremos, contudo, aqui. Só há algumas sugestões desse Modernismo cosmopolita e local, decadente e aristocrático da melancolia ao invés da alegria, da catástrofe ao invés da utopia.

Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, BG, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.