Uma viagem de descoberta e criação artística
A Maçonaria na literatura do século XIX
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No coração de Consuelo, La Comtesse de Rudolstadt e Voyage en Orient encontra-se um mito fundador, o de Hiram, uma referência maçónica conhecida por George Sand e Gérard de Nerval. Estes últimos apropriaram-se da história para produzir textos de iniciação em que se entrelaçam intriga misteriosa e enredo novelístico, com o objetivo de ajudar as suas personagens, através de numerosas viagens e de uma procura de identidade, a alcançar a criação artística. A partir de então, os contos tomam um carácter iniciático, tendo a Maçonaria como modelo de renovação. Influenciou mesmo...
No coração de Consuelo, La Comtesse de Rudolstadt e Voyage en Orient encontra-se um mito fundador, o de Hiram, uma referência maçónica conhecida por George Sand e Gérard de Nerval. Estes últimos apropriaram-se da história para produzir textos de iniciação em que se entrelaçam intriga misteriosa e enredo novelístico, com o objetivo de ajudar as suas personagens, através de numerosas viagens e de uma procura de identidade, a alcançar a criação artística. A partir de então, os contos tomam um carácter iniciático, tendo a Maçonaria como modelo de renovação. Influenciou mesmo a forma dos romances, fornecendo aos heróis objectivos existenciais. George Sand e Gérard de Nerval levaram os seus leitores numa viagem pela Europa e pelo Oriente. Consuelo e Gérard apresentam uma dupla busca: a do amor e a da criação. No entanto, estas duas noções revelam-se incompatíveis e as personagens têm de sacrificar uma delas.