O marxismo ou uma metafísica que recusa a metafísica?
Ensaio sobre a pretensão marxista de rejeitar a metafísica
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Uma das principais ambições do marxismo é virar o olhar do homem do céu para a terra. De facto, o marxismo quer ser uma teoria anti-metafísica, uma filosofia de concretude, da crítica do fideísmo, do idealismo. No seu projecto filosófico, Marx e Engels rebelaram-se contra o cristianismo e, consequentemente, contra qualquer pensamento que o acolhesse explícita ou implicitamente. Será que o marxismo e a metafísica se rejeitariam um ao outro de trás para a frente? Este livro, ao questionar o marxismo de Marx e Engels, propõe outra visão da relação entre o marxismo e a metafísica....
Uma das principais ambições do marxismo é virar o olhar do homem do céu para a terra. De facto, o marxismo quer ser uma teoria anti-metafísica, uma filosofia de concretude, da crítica do fideísmo, do idealismo. No seu projecto filosófico, Marx e Engels rebelaram-se contra o cristianismo e, consequentemente, contra qualquer pensamento que o acolhesse explícita ou implicitamente. Será que o marxismo e a metafísica se rejeitariam um ao outro de trás para a frente? Este livro, ao questionar o marxismo de Marx e Engels, propõe outra visão da relação entre o marxismo e a metafísica. O resultado é que o marxismo não teve sucesso no seu empreendimento anti-metafísico, na medida em que não foi sequer capaz de o erradicar do seu próprio seio. O materialismo histórico, ou materialismo dialéctico, nada mais é do que uma metafísica que se recusa a aceitar-se a si própria como tal.
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