Infecções do trato urinário por Enterobacteriaceae resistentes aos carbapenemes
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O objetivo do nosso trabalho é descrever as particularidades das infecções do trato urinário por Enterobacteriaceae resistentes aos carbapenemes (CRE) e os factores de seleção destas estirpes resistentes. Este é um estudo descritivo retrospetivo que inclui todos os pacientes hospitalizados nas enfermarias do Hospital Universitário Taher Sfar Mahdia (2015- 2018) que apresentaram uma infeção do trato urinário por CRE. Vinte e três pacientes foram incluídos. A sua idade média foi de 57,3 anos, com um rácio de sexo M/F=0,77. A infeção foi associada aos cuidados de saúde em 56,5% ...
O objetivo do nosso trabalho é descrever as particularidades das infecções do trato urinário por Enterobacteriaceae resistentes aos carbapenemes (CRE) e os factores de seleção destas estirpes resistentes. Este é um estudo descritivo retrospetivo que inclui todos os pacientes hospitalizados nas enfermarias do Hospital Universitário Taher Sfar Mahdia (2015- 2018) que apresentaram uma infeção do trato urinário por CRE. Vinte e três pacientes foram incluídos. A sua idade média foi de 57,3 anos, com um rácio de sexo M/F=0,77. A infeção foi associada aos cuidados de saúde em 56,5% dos casos. Os principais factores de risco para a aquisição de ERC foram: antibioterapia prévia (beta-lactâmicos), hospitalização prévia, procedimento invasivo nos seis meses anteriores e história de infeção do trato urinário no ano anterior. O germe mais frequentemente isolado foi a Klebsiella pneumoniae (69,5%). A combinação de antibióticos foi indicada em 19 casos (82,6%). A prescrição de tigeciclina foi significativamente associada a um resultado desfavorável (p=0,032). As estratégias de intervenção devem ser integradas e dirigidas tanto aos decisores como aos prescritores e aos doentes.
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