Hegemonia em construção
O prédio do M.E.S. e a Consolidação da Arquitetura Moderna no Brasil
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Longe de ser o consenso e a representação da contemporaneidade que seus artífices propagandeavam, a Arquitetura Moderna se consolidou no Brasil através da articulação de forças políticas por um grupo de intelectuais que atuou sob a égide do Estado Novo. Referenciados em arquitetos estrangeiros, souberam tirar proveito das condições peculiares do período para impor sua visão da Arquitetura, em sintonia algo visionária com as aspirações da elite econômica, que em seguida viria a apoiar suas pretensões ao ponto da Arquitetura Moderna se tornar hegemônica. Este livro apresenta c...
Longe de ser o consenso e a representação da contemporaneidade que seus artífices propagandeavam, a Arquitetura Moderna se consolidou no Brasil através da articulação de forças políticas por um grupo de intelectuais que atuou sob a égide do Estado Novo. Referenciados em arquitetos estrangeiros, souberam tirar proveito das condições peculiares do período para impor sua visão da Arquitetura, em sintonia algo visionária com as aspirações da elite econômica, que em seguida viria a apoiar suas pretensões ao ponto da Arquitetura Moderna se tornar hegemônica. Este livro apresenta criticamente várias facetas, algumas inéditas, da história da construção, no Rio de Janeiro, do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde - M.E.S. (hoje Palácio Gustavo Capanema), durante o Governo de Getúlio Vargas. Personagens como Lucio Costa, Carlos Drummond de Andrade e Oscar Niemeyer aparecem não como gênios de uma história carente de crítica, mas como personagens prosaicos em busca de conquistar fama e riqueza, conseguir trabalho para compadres, agradar esposa e amigos, ao mesmo tempo em que buscam dominar o Campo. E o prédio aparece na crueza de sua arquitetura mecanicista, monológica e egocêntrica.
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