Descentralização e poder local no Logone Valley
(Extremo Norte dos Camarões)
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A instabilidade política, a baixa capacidade financeira do Estado, o ressurgimento de identidades e a oposição de muitos actores políticos nacionais explicam, em grande medida, o ritmo lento do processo de descentralização no Vale de Logone. As eleições locais de 2013 e 2020 nos Camarões assistiram à emergência de conselhos municipais como novos actores na política local e à introdução de senadores, conselheiros regionais e presidentes de câmara municipais no lugar de delegados governamentais no processo de descentralização. Este estudo tem como objectivo analisar a dinâmica...
A instabilidade política, a baixa capacidade financeira do Estado, o ressurgimento de identidades e a oposição de muitos actores políticos nacionais explicam, em grande medida, o ritmo lento do processo de descentralização no Vale de Logone. As eleições locais de 2013 e 2020 nos Camarões assistiram à emergência de conselhos municipais como novos actores na política local e à introdução de senadores, conselheiros regionais e presidentes de câmara municipais no lugar de delegados governamentais no processo de descentralização. Este estudo tem como objectivo analisar a dinâmica do processo de descentralização numa arena política local. Aqui, trata-se de tomar uma parte do território, nos departamentos da região do Extremo Norte dos Camarões. A presente análise centrar-se-á no papel desempenhado por dois tipos de actores: os chamados chefes tradicionais e os executivos nacionais (executivos seniores, professores, funcionários aduaneiros, activistas comunitários, etc.).
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