A (co)constituição do autoconceito nos sistemas relacionais do surdo
Um estudo a partir das interações surdo-surdo e surdo-ouvinte
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Na pesquisa com um grupo de adultos surdos, analisando os elementos enunciativos reveladores da maneira como o sujeito surdo se posiciona sobre si (como se vê concepções de si), como vê o outro e como se vê percebido pelo outro, sob a orientação argumentativa do pressuposto teórico da perspectiva histórico-cultural de L. S. Vigotski e dos preceitos conceituais da filosofia da linguagem propostos por M. Bakhtin, pôde-se concluir que o processo de autoconceitualizar-se é circunscrito por aspectos sociais, históricos, culturais e ideológicos. Em outras palavras, pode-se afirmar que o...
Na pesquisa com um grupo de adultos surdos, analisando os elementos enunciativos reveladores da maneira como o sujeito surdo se posiciona sobre si (como se vê concepções de si), como vê o outro e como se vê percebido pelo outro, sob a orientação argumentativa do pressuposto teórico da perspectiva histórico-cultural de L. S. Vigotski e dos preceitos conceituais da filosofia da linguagem propostos por M. Bakhtin, pôde-se concluir que o processo de autoconceitualizar-se é circunscrito por aspectos sociais, históricos, culturais e ideológicos. Em outras palavras, pode-se afirmar que o processo de autoconceitualização da pessoa surda é, na verdade, um processo de coconstituição dialógica que ocorre na(s) interações(ões) com seu outro (surdo ou ouvinte), com base nas significações produzidas por meio das relações sociais, que são mediadas por signos ideológicos, que refletem o surdo como deficiente, doente e a surdez como um defeito.
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